Ex-vereador do Recife é proprietário de imóvel em que funcionava casa de
prostituição, diz polícia (Fonte: G1)
Segundo o
delegado responsável pela investigação do caso, proprietário cobrava aluguel
com preço inferior à média do mercado. Polícia Civil apura se ex-vereador sabia
da utilização ilícita do imóvel.
Durante a Operação
Afrodite, deflagrada nesta quarta-feira (26), policiais civis
constataram que a casa de prostituição localizada no bairro da Estância, na
Zona Oeste do Recife, era de propriedade do ex-vereador da capital pernambucana
Edmar de Oliveira, cujo último mandato terminou em dezembro de 2016. Os
policiais apreenderam os contratos de locação e investigam se o proprietário do
imóvel tinha conhecimento sobre a utilização ilícita do espaço.
“A casa foi alugada há um mês no valor de R$ 800, faixa de preço
diferente do valor de mercado da área, já que o imóvel é grande”, conta o
delegado responsável pela investigação do caso, Igor Leite. Ainda de acordo com
o titular das investigações, o ex-vereador vai responder pelo crime de
manutenção de casa de prostituição, caso a polícia comprove que ele sabia dos
fatos.
Procurado pelo G1, Edmar de
Oliveira alegou não saber do funcionamento da casa de prostituição em seu
imóvel. "Aluguei há mais ou menos um mês, e o inquilino me disse que iria
montar um bar. Fui lá uma vez para entregar o contrato para ele assinar e não
vi nada de errado", comenta.
inda durante a operação, foram presos três sócios
da casa de prostituição e um gerente do estabelecimento. Segundo a polícia, o
trio foi autuado por manutenção de casa de prostituição e exploração sexual. Um
dos frequentadores do espaço também foi preso por tráfico de drogas ao tentar
repassar cocaína a outras pessoas no local.
“O local se configurava como uma casa de prostituição porque eles
exploravam as mulheres e recebiam valores em dinheiro pelos programas que elas
faziam. Os valores variavam entre R$ 150 e R$ 250, e os proprietários chegavam
a ficar com valores entre R$ 50 e R$ 100”, conta o delegado. Houve, ainda, a
apreensão de dois sacos pequenos de cocaína, panfletos e de uma máquina de
cartão de crédito.
Por telefone, Edmar de Oliveira afirmou também que o preço do aluguel
definido com os inquilinos era de R$ 2 mil mensais. "Hoje em dia, com a
crise, não dá pra colocar nada acima disso, porque as pessoas não procuram.
Como o inquilino disse que iria montar um bar, eu combinei com ele para o pagamento
ser de R$ 1,5 mil por mês, para ele pegar freguesia", comentou. O
ex-vereador também se colocou à disposição da Polícia Civil para colaborar com
as investigações.