sábado, 27 de maio de 2017

A MAFIA POLÍTICA BRASILEIRA

Como seria nosso País, no contexto político, se desde há muito soubéssemos escolher nossos representantes?
Retrato aqui um dos poemas que mais admiro e que me foi presenteado pelo poeta e advogado SAULO PASSOS, sendo criador desta linda obra poética ORLANDO TEJO, abaixo reproduzida e pelo momento, devemos refletir se somos compactuadores ou não desse desleixo político que se inicia desde as Casas Legislativas Municipais até os mais altos galões dos poderes da nossa pátria, dizimada e arruinada por sórdidos políticos que têm em mente um único pensamento: FURTAR os recursos que ao povo pertence. Este povo, porém, visivelmente contempla as arruaças e desmandos que vivemos na atualidade, alguns, talvez, de olhos esbugalhados porque seus representantes governamentais estão no mesmo patamar do "Fernandinho". Sim! o Beira Mar, embora em negócios diferentes, mais se assemelham.
O modelo "mafioso" aplicado pelos políticos para surrupiaram os recursos do estado possuem algumas características com a Máfia Italiana e agora, após as delações, ver-se o quão semelhança abrangem suas ações na "Cosa Nostra" brasileira.
Tommaso Buscetta, um dos mais importantes membros da Cosa Nostra, a máfia siciliana, na Itália. Foi um "arrependido", ou seja, colaborou com a Justiça delatando companheiros e informando o juiz Giovanni Falcone sobre as estruturas da organização e seus esquemas de corrupção de políticos.
Nasceu numa família muito pobre (mãe dona-de-casa, pai vidraceiro), casou-se aos dezesseis anos e para ganhar dinheiro deu início a uma série de atividades ilegais, como o comércio clandestino de fichas para o racionamento da farinha, distribuídas durante o vintênio fascista. Esta função o tornou bastante célebre também em Palermo, onde não obstante a pouca idade foi cognominado Don Masino. 

Preso na cidade de Itapema - Santa Catarina no dia 2 de novembro de 1972 e extraditado pela polícia Brasileira, é mantido no cárcere do "Ucciardone" (na capital siciliana) e condenado a catorze anos de prisão (reduzidos a cinco em recurso).
Em 1984 os juízes Giovanni Falcone e Vincenzo Geraci vão ao seu encontro e lhe pedem para que colabore com a justiça, mas Buscetta inicialmente não admite nada. Extraditado, durante a viagem em avião tenta inutilmente o suicídio, ingerindo uma pequena quantidade de estricnina. Posteriormente, começa a revelar organogramas e planos da Máfia ao juiz Falcone e, por isto, passa a ser considerado o primeiro mafioso arrependido da história.
Em 1993 é extraditado aos Estados Unidos e recebe do governo uma nova identidade e a liberdade (vigiada) em troca de novas revelações contra os planos da Cosa Nostra norte-americana. Nos EUA sofre cirurgias plásticas para despistar os numerosos "assassinos sob encomenda" que tem ao encalço, visto que colaborar com a justiça é, no meio mafioso, a mais grave das traições. Morre de câncer no ano 2000 com 71 anos de idade.
As consequências foram altas para Buscetta. Mataram seus familiares mais próximos pela delação que fez. Falcone foi assassinado. Agora é esperar pra ver o que ocorre com a "Mafia Política" brasileira e suas consequências em relação aos delatores.