terça-feira, 31 de outubro de 2017

FICASTES? PORÉM, PARA TUDO EXISTE UM PREÇO.

Centrão dá ultimato e avisa que não aceita reforma ministerial só em 2018

Mesmo com o presidente Michel Temer em recuperação após uma cirurgia para raspagem da próstata, integrantes da base aliada, especialmente do Centrão, fizeram chegar um alerta ao Palácio do Planalto: não vão aceitar o adiamento da reforma ministerial para março ou abril de 2018.

O presidente Michel Temer passou a analisar essa proposta com auxiliares próximos como forma de superar o impasse na base governista.

Mas interlocutores de Temer foram advertidos de que, se isso acontecer, o presidente terá perdido a última chance de aprovar uma versão reduzida da reforma da Previdência. E ainda corre o risco de ser derrotado na votação das medidas provisórias do ajuste fiscal.

A cobrança é por uma reorganização imediata no primeiro escalão para comtemplar aliados que votaram com Temer na análise da segunda denúncia pelo plenário da Câmara.

Há forte descontentamento com o espaço do PSDB, que hoje tem quatro ministérios. Na semana passada, 23 deputados tucanos foram contrários ao presidente Temer e apenas 20 votaram a favor.

Por isso, integrantes do chamado Centrão voltaram a mirar em duas pastas ocupadas pelo PSDB: a Secretaria de Governo, ocupada pelo ministro Antonio Imbassahy, e o Ministério das Cidades, cujo titular é o tucano Bruno Araújo.

“Deixar essa reforma ministerial para 2018 é subestimar a inteligência dos deputados. Se isso acontecer, não vai passar nada na Câmara. Em abril, será obrigatória uma mudança no primeiro escalão por causa do prazo de desincompatibilização. E a partir dessa data, o único assunto do país será a eleição. Portanto, se a reforma ministerial não acontecer agora, a situação do governo ficará crítica”, disse ao Blog um líder do Centrão.

Como o Blog revelou no sábado, o próprio presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, alertou o presidente Temer de que o governo corre o risco de não aprovar nem mesmo medidas provisórias, como as do ajuste fiscal, se não fizer uma repactuação do governo, contemplando com ministérios e cargos aliados os que foram fiéis na votação da segunda